Uma cena escura e atmosférica retratando um armazém estreito e lotado, cheio de pessoas. O ar está tenso, e uma porta misteriosa e assustadora se destaca no fundo à esquerda, mal notada pelos poucos ao redor. Através desta porta, um ambiente exuberante e exótico, semelhante a uma estufa, com várias plantas incomuns, cerca uma figura. Uma estranha criatura parecida com um pássaro, parecendo uma fita, voa perto da figura, enquanto criaturas sombrias, sem olhos e sem corpo, com apenas olhos, observam de cima. A atmosfera parece pesada e semelhante a uma sauna, com um som baixo, contínuo e ameaçador ao fundo. O ar é espesso, e uma sensação de destruição iminente é palpável. A porta parece ser um portal entre dois mundos. Um mundo é caótico e cheio de pessoas brigando, enquanto o outro é surreal e inquietante, com criaturas surreais e uma intensa conexão emocional entre a figura e outra presença na estufa. A figura é atraída para a porta como se fosse a única maneira de escapar, com um senso de responsabilidade pelas consequências de abri-la.

Eu estava em um galpão apertado, cheio de pessoas. Não sabia bem onde estava, mas tinha a impressão de que algumas daquelas pessoas me eram familiares. O ar estava tenso, e todos sentíamos que algo muito errado estava prestes a acontecer.

No fundo, à esquerda, uma porta me chamou a atenção. Pouquíssimas pessoas estavam próximas a ela e, pensando agora, talvez elas a ignorassem completamente. Digo, era uma porta, nada de muito especial — mas parecia que só eu poderia vê-la. Senti-la, sim, só eu poderia senti-la, é mais apropriado.

Fui em sua direção, e os questionamentos sobre onde eu estava ou quem eram aquelas pessoas deixaram de importar. Ao atravessar a porta e fechá-la atrás de mim, me vi em um lugar parecido com uma estufa, cercado por diversas plantas exóticas.

Não foi o estranho pássaro — que mais parecia um laço, uma fita, voando e balançando suas "asas" como uma borboleta —, nem mesmo as sombras de bichos estranhos, sem corpo nem membros, apenas olhos me observando do teto da estufa, que me fizeram achar que eu não estava mais em meu mundo natural.

Foi o ar pesado, o ambiente abafado como uma sauna e, sobretudo, o estranho som no fundo. Baixo, contínuo, misterioso. Parecia aguardar o vazio que se abate sobre toda a realidade.

Não tive tempo de pensar sobre toda a carga do ambiente nem sobre os bichos exóticos que me rodeavam, alguns com aparente interesse — não sei se me viam apenas como curiosidade ou como possível presa. Pois ali estava Ela.

Agora, não me recordo d'Ela. Só lembro que senti uma felicidade muito grande ao encontrar um rosto conhecido naquele ambiente que começava a me afligir. Com Ela, a angústia que eu sentia não me dominava.

Seu sorriso me trazia uma felicidade imensa; sua presença para mim era tudo, e eu só queria estar extasiado junto a Ela, seu cheiro impregnando cada ligação no meu sistema nervoso. Não pensava no vazio, mesmo que o maldito som ainda tocasse indefinidamente ao fundo.

Não sei quanto tempo estive ao lado d'Ela. Quanto tempo se passou desde que fechei a porta atrás de mim? Um minuto? Uma hora? Ela era um porto-seguro tão forte, um ímã no meio daquela espera diante do vazio, que não me surpreenderia que tivessem se passado séculos, milênios em sua companhia, naquele lugar.

Uma nota de piano. Pausa. Outra nota. Pegadas sobre a grama. Mais uma nota. Estou indo embora. Ela não quer que eu vá. Uma gota de chuva. Uma nota de piano. E mais outra.

Abri a porta. Não posso olhar para trás, porque sei que não terei outra oportunidade de fugir se olhar para Ela.

Atravesso a porta, saindo daquele universo. Imediatamente, o som ambiente é substituído por alvoroço e movimento. Estou novamente naquele galpão desconhecido, lotado de pessoas, mas agora uma imensa confusão está acontecendo: brigas, agressões.

Busco um telefone e encontro um analógico a poucos metros dali, em um criado-mudo. Eu ligo, para quem? Não lembro. Antes que eu possa pensar, um daqueles pássaros, que pareciam mais com uma fita, bate suas asas em minha frente.

Lanço um olhar para a porta, que percebo ter deixado aberta. Seres que não ouso descrever começam a sair por ela.

Agora eu sei. Eu libertei o vazio. Ele se espalhará em meu mundo, consumindo tudo, como uma sombra que devora a luz.

E eu sou o responsável.

Nota: Este texto é uma tentativa de capturar a essência de um sonho vívido que tive. Algumas partes foram enriquecidas com liberdade criativa, tentando preservar o sentimento que experimentei, tanto durante o sonho quanto após acordar. Embora as imagens e sensações possam ter sido em parte inventadas, a angústia e a surrealidade que vivenciei permanecem em minha mente.



Eu não sou um robô 😁Feito por um humano 😉

Este texto é orgânico,
criado de forma natural por um humano.
Pode ter passado por correções gramaticais,
com ou sem o auxílio de IA,
mas a essência original permanece intacta.

Escrito por um humano 🙂Conteúdo humano 😄